segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Computação quântica: entenda o que é e veja os processadores

A D-Wave Systems, uma das principais empresas de computação quântica do mundo, anunciou hoje um acordo com um laboratório da NASA e do Google. Segundo o acordo, a empresa continuará alimentando o centro de pesquisas com a mais recente tecnologia do ramo pelos próximos sete anos.

"Computação quântica" é um termo que remete à vanguarda da tecnologia, e não é à toa: o assunto ainda é relativamente novo e pouco entendido, mas promete avanços tecnológicos incríveis.

Uma das características mais notáveis do modelo quântico da física é o conceito de superposição: em algumas situações, alguns objetos ou partículas podem assumir dois estados diferentes ao mesmo tempo. O cientista austríaco Erwin Schrödinger, um dos pioneiros da física quântica, ilustrou essa característica com o experimento mental do "gato de Schrödinger".

Imagine que há um gato em uma caixa. Dentro da caixa, há também um frasco de veneno, que matará o gato caso ele seja quebrado. Sobre o frasco há um martelo ligado a um detector de radiação: se o detector perceber qualquer tipo de radiação no ambiente, o frasco é quebrado e o gato morre. Não é possível enxergar dentro da caixa.

Segundo Schrödinger, como não podemos ver dentro da caixa, não temos como saber se o gato está morto ou vivo. Nessa situação, não devemos pensar que o gato está morto ou vivo, mas sim que ele está, ao mesmo tempo, vivo e morto, ou "vivomorto", para entender o que é a superposição.

Qubits
O exemplo de Schrödinger, no entanto, é meramente ilustrativo de um princípio que pode ser utilizado em outros contextos para gerar novas possibilidades de tecnologia. Entendendo-se o conceito de "superposição", é possível entender o que é um qubit.

O qubit é a versão quântica dos bits tradicionais. Enquanto um bit pode assumir apenas os valores 1 ou 0, o qubit pode ser 1, 0 ou os dois ao mesmo tempo. Embora isso possa parecer apenas um pequeno avanço (três valores possíveis em vez de dois), é algo muito mais importante do que isso. Pois quando vários qubits assumem dois valores ao mesmo tempo, eles podem realizar uma série de cálculos ao mesmo tempo também.

Imagine, por exemplo, que você esteja planejando um mochilão, e queira saber a melhor maneira de viajar: como pagar mais barato em todas as passagens, como pegar o melhor tempo em cada lugar, como estar presente no maior número possível de festas, como evitar o máximo de dias chuvosos, etc. São, óbviamente, inúmeras as possibilidades e as variáveis que precisam ser ponderadas, e um computador tradicional precisaria calcular cada uma delas individualmente.

Um computador quântico, por sua vez, poderia calculá-las todas ao mesmo tempo. Isso permitiria não apenas responder de forma muito mais rápida perguntas complexas como essa, mas permitiria também que perguntas que levariam muito tempo para ser calculada mesmo pelos supercomputadores atuais se tornassem facilmente resolvíveis.

Novos problemas
A tecnologia dos computadores quânticos, porém, está ainda bastante longe de chegar às nossas casas. Primeiramente porque alguns pesquisadores ainda duvidam de sua viabilidade, de maneira geral, por conta da dificuldade em se verificar por erros nos cálculos dos processadores quânticos.

Aferição de erros é uma tarefa que todos os computadores realizam. Às vezes, por conta de interferência elétrica ou magnética, o valor de um bit acaba sendo alterado, e se o computador não percebe isso, pode ter problemas que vão desde a perda de informações até uma tela azul.

O problema é que os métodos de aferição de erros usados em computadores tradicionais não funcionam em computadores quânticos. Isso porque o próprio ato de obervar um qubit pode acabar mudando o seu valor. A IBM, por exemplo, vem investindo em maneiras de verificar por erros em processadores quânticos, mas o processo ainda é lento.

As condições extremas nas quais os processadores quânticos operam também são um obstáculo: como eles são muito sensíveis, eles precisam ficar em ambientes extremamente isolados de interferências elétricas ou magnéticas. 

Além disso, eles dependem do efeito de supercondutividade, que só ocorre em temperaturas baixíssimas. Por isso, eles só funcionam em temperaturas próximas do zero absoluto (-273ºC) - algo bastante difícil de se atingir.



sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Galaxy S6 ou iPhone 6


A Samsung lançou o seu mais novo smartphone top de linha, o Galaxy S6, e a comparação com o Iphone6, da sua grande rival Apple, é inevitável. Por isso, analisamos os destaques positivos e negativos de cada um. Quer saber qual deles é o melhor? Confira a análise abaixo.


Comparativo Galaxuy S6 e iPhone 6 (Foto: Arte: TechTudo)


Desempenho: Galaxy S6



A Samsung lançou o seu mais novo smartphone top de linha, o Galaxy S6, e a comparação com o Iphone6, da sua grande rival Apple, é inevitável. Por isso, analisamos os destaques positivos e negativos de cada um. Quer saber qual deles é o melhor? Confira a análise abaixo.
O que faz um smartphone rodar bem é a combinação entre seu processador, memória RAM e espaço para armazenar arquivos. O Galaxy S6 é octa-core, ou seja, com oito núcleos de processamento, 3 GB de RAM, que é o que permite esse processamento acontecer sem falhas, e versões de 32 GB, 64 GB ou 128 GB para que os usuários guardem seus apps, fotos e conteúdo em geral. O iPhone 6 tem processador com apenas dois núcleos, 1 GB de RAM e edições de 16, 64 e 128 GB.
Ou seja, neste trio de componentes, o S6 é bem superior. Na bateria idem. O iPhone 6 tem 1.810 mAh, enquanto o Galaxy conta com 2.600 mAh. Ou seja, tem a maior capacidade para manter o telefone ligado – o que também se faz necessário por ele ter um hardware que exige muito mais. Além disso, segundo a Samsung, o carregamento dele é duas vezes mais rápido do que o do iPhone e conta também com carregamento sem fio.
De resto, eles são bem parecidos: conectividades WiFi, Bluetooth, NFC e 4G, sistema de pagamentos, auxiliares por voz, programas voltados para a saúde do usuário, leitores de digitais e aplicativos de suas fabricantes pré-instalados. O que decide mesmo a comparação, então, é o fato de o Galaxy S6 ter um “poder de fogo” muito maior do que o do iPhone 6.
Dimensões: iPhone 6
O iPhone 6 é mais portátil do que o Galaxy, mas por pouco. O gadget da Apple mede 138.1 x 67 x 6.9 mm e pesa 129 gramas. Já o da Samsung tem 143.4 x 70.5 x 6.8 e 138 gramas. Não é uma diferença grande, mas ela existe a favor do iPhone, que é mais baixo, mais leve e menos largo. O S6 só conta com uma espessura menor, mas somente 0.1 mm.
Design: Empate
Se nas dimensões eles são quase iguais, no design isso também acontece. E, desta vez, não é possível nem dizer onde um é melhor do que o outro, porque parece que o GalaxyS6 foi inspirado no iPhone concorrente. De tanto ouvir críticas do acabamento em plástico dos seus telefones, a Samsung resolveu fazer seu novo top com alumínio e metal. O resultado foi ótimo, deixando-o com aspecto mais sofisticado. Porém, bem parecido com o iPhone.
Os dois têm bordas bem arredondadas, tamanhos parecidos, e até cores, como prata e dourada, semelhantes. A decisão aqui é de cada usuário. No geral, o iPhone 6 parece ter um visual mais leve, mais clássico, enquanto o S6 tem um acabamento que dá a impressão de ser mais robusto. Enquanto o iPhone causa impressão de fragilidade, o aparelho da Samsung parece mais resistente.
Tela: Galaxy S6
A Apple sempre teve displays de encher os olhos, mas desta vez a Samsung parece ter corrigido os erros. O esquema de cores dos displays dos aparelhos da empresa sul-coreana sempre foi criticado, e desta vez todos elogiam. Além disso, ele apresenta 2560 x 1440 pixels, ou seja, uma resolução QuadHD, contra um tradicional 750 x 1334 pixels da tela Retina do iPhone 6. Uma diferença de 251 pixels por polegada (577 no S6 e 326 no iPhone).
Isso significa que a tela do S6, mesmo sendo ligeiramente maior do que a do iPhone, consegue ter uma qualidade melhor. Quanto mais pixels, mais detalhes pode se ver na imagem. Além disso, a tela do novo smartphone da Samsung conta com Gorilla Glass 4, que é a mais recente versão do revestimento de vidro fornecido pela empresa Corning para dar mais resistência aos displays de aparelhos telefônicos.
Câmeras: Galaxy S6
Novamente, a diferença vai além das especificações técnicas. Nas demonstrações feitas no palco do MWC 2015, quando revelou o S6, a Samsung mostrou que o aparelho tem câmeras superiores. Com 16 megapixels na traseira e 5 megapixels na frontal, tem ótima qualidade de imagem. Possui estabilizador óptico nas duas, além de HDR e sistema de baixa luz. Na traseira, conta até com um modo profissional, em que o usuário pode usá-lo como uma câmera DSLR.
O iPhone 6, apesar de numericamente parecer muito inferior, com 8 megapixels e 1,2 megapixel, nas câmeras traseira e frontal, respectivamente, não tem o desempenho ruim. Pelo contrário. Conta com um dos melhores sensores já feitos pela Apple. No entanto, ainda assim, não oferece tanta variedade de recursos como o Samsung. Portanto, mais uma vitória para o S6 neste comparativo.
Sistema operacional: Empate
A Samsung melhorou muito seu sistema operacional, com uma Touchwiz mais limpa visualmente e também com a plataforma mais limpa literalmente, com menos aplicativos pré-instalados. No entanto, o Android ainda tem alguns pontos de defeito, como a segurança e aplicativos que ainda chegam primeiro ao iOS. Apesar disso, o sistema da Apple, que tem ótima usabilidade e é muito amigável, também é mais restrito quanto à personalizações e conexões com outros sistemas. Cada um tem pontos positivos e negativos, e essa disputa é o usuário quem resolve. Ambos têm o que de melhor (e pior) suas plataformas podem oferecer.
Conclusão: Galaxy S6
O iPhone 6 é uma boa opção já palpável. O S6 é uma alternativa que parece ainda melhor, mas só chega ao Brasil em abril A partir daí, é possível tomar uma decisão. Caso o consumidor esteja buscando um gadget agora, vá de iPhone 6. É um aparelho muito bom, com um sistema operacional mais simples, amigável e seguro. Sua performance também é ótima, apesar de ele ter o hardware inferior ao do S6.
Para quem pode esperar, vale a pena aguardar a chegada do S6, e fazer uma comparação de preços. Caso ele não esteja muito mais caro do que o iPhone 6, certamente vale investir mais. É um telefone de um novo ciclo, pois já foi lançado em 2015, e tem características bem superiores, como tela qHD, câmera com maior resolução, processador mais rápido e um novo padrão de memória RAM.
Caso os dois estivessem disponíveis ao mesmo tempo e pelo mesmo preço, a escolha mais indicada seria o S6, que ganha em alguns quesitos por uma diferença grande, e quando perde é por pouco. Somente nas dimensões, mas nada de muito relevante, e talvez no layout ou no sistema operacional, porém são pontos em que o gosto pessoal de cada consumidor pesa bastante. Mas em termos de desempenho, o aparelho da Samsung chega com tudo.

Razer anuncia versão mobile do headset Kraken

A Razer, uma das fabricantes de acessórios mais conhecidas do mercado, acaba de anunciar um lançamento para a família Kraken de dispositivos de áudio, o Razer Kraken Mobile.
O headset Kraken Mobile é mais leve e foi projetado para garantir mais conforto, mesmo em longos períodos de utilização. Além disso, é compatível com Android e possui um cabo removível desenhado exclusivamente para smartphones iOS que inclui um microfone, um controlador de volume, um botão para atendimento de chamada e outro para músicas.
Segundo o fabricante, o Razer Kraken Mobile foi desenvolvido para proporcionar excelente experiência sonora tanto em jogos quanto em áudio e foi afinado para garantir ondas agudas e médias muito nítidas, além de graves profundos e poderosos.
“Estamos levando nossa experiência de anos de desenvolvimento de ótimos headsets para games a novos mercados”, afirma Min-Liang Tan, co-fundador e CEO da Razer. “O Razer Kraken Mobile oferece alta qualidade sonora aliada a diversas opções de personalização para os usuários jogarem ou escutarem suas músicas favoritas”, conclui Tan.
O aparelho, disponível em seis cores neon, deve chegar ao Brasil em novembro deste ano e custar cerca de R$ 669.                                                                           

Intel deve investir cerca de US$ 50 milhões em computação quântica


Resultado de imagem para computacao quantica
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Em parceria com QuTech, o instituto de pesquisa da universidade pública holandesa TU Delft, a gigante Intel pretende injetar US$ 50 milhões, cerca de R$ 192 milhões, em estudos, desenvolvimento e solução de problemas de computação quântica
Pode parecer estranho ver a Intel investindo tanto dinheiro em pesquisas de computação quântica, dado que os sistemas D-Wave foram testados e realmente são computadores quânticos. Os dispositivos da D-Wave, no entanto, possuem algumas limitações significantes.
Esses tipos de computadores não possuem um hardware adequado para dispositivos móveis, pois são muito grandes e exigiriam uma quantidade enorme de energia para funcionarem.
O número de qubits tem crescido de modo consideravelmente rápido, mas o número total de conexões entre os qubits não aumentou na mesma proporção – e são as ligações entre eles que ditam a complexidade e a natureza dos problemas que o computador pode, de fato, solucionar. Os sistemas D-Wave são escassamente conectados, o que simplifica muito o roteamento e a construção, mas também limita os casos de utilização real do computador.

Tecnologia infinita

Esses tipos de computadores não possuem um hardware adequado para dispositivos móveis, pois são muito grandes e exigiriam uma quantidade enorme de energia para funcionarem. A razão pela qual a Intel e outras empresas estão tão interessados em construi-los e porque computadores quânticos podem ser usados para resolver certos problemas tão complicados que seriam necessários bilhões ou trilhões de anos para respondê-los com precisão usando equipamentos tradicionais.

Vamos torcer para a Intel: o desenvolvimento de um computador quântico pleno poderia expandir infinitamente as fronteiras do conhecimento humano e da nossa compreensão do universo.